Scans: nepenthes59
L’Arc~en~Ciel
HYDE fidelity
Durante o lançamento de “BUTTERFLY” e antes de lotar o Zénith no dia 14 de Abril com a sua banda, HYDE está em Paris para a divulgação de sua autobiografia*. O cantor do mítico grupo L’Arc~en~Ciel confidenciou à My ROCK sem esconder nada.
Você não está muito estressado pelo lançamento de “BUTTERFLY”, o novo álbum de L’Arc~en~Ciel?
HYDE: Como o álbum é composto majoritariamente de singles já lançados, eu não tive a impressão de ter muita preocupação. Na verdade, eu não fiquei muito estressado (risos). Eu fico apreensivo como a cada novo lançamento, mas não duvido das reações do público. Este álbum tem uma verdadeira maturidade e ele é muito “L’Arc~en~Ciel”, então eu tenho certeza que os fãs poderão apenas amá-lo.
HISTÓRIA DA BORBOLETA
A composição e escrita desse álbum foram influenciadas pelos acontecimentos do 11 de Março**?
H: Na verdade, devido ao ocorrido, o grupo e eu mesmo estávamos muito menos ativos que o normal. Como resultado eu tive mais tempo para aperfeiçoar cada detalhe, cada arranjo. Para o nosso aniversário, nós queríamos fazer um álbum muito alegre e festivo. Os acontecimentos nos fizeram mudar de direção. Uma música do disco, “Wild Flower” é dedicada a este sentimento: sua melodia é mais triste e sua letra mais profunda do que aquilo que fazíamos habitualmente.
Por que o album tem o título “BUTTERFLY”?
H: A borboleta evolui de crisálida até o seu voo. É o caso do L’Arc~en~Ciel, depois de vinte anos, eu acredito que nós enfim levantamos o nosso...(risos).
Qual é a sua música favorita do disco?
H: Eu diria que é a última, “Mirai Sekai”. Essa música me dá vontade de chorar. Eu tenho muito orgulho de sua composição. Ela tem essa profundidade que talvez faltasse um pouco nas nossas músicas estes últimos anos...Sua mensagem é muito forte e eu aconselho todos a ouvirem-na com atenção.
Como fazer o L’Arc~en~Ciel evoluir constantemente porém mantendo uma verdadeira identidade musical?
H: Um arco-íris é feito de uma variedade de cores que mudam sem parar. Eu acho que esse nome nos ajuda a nos renovar constantemente. Sem, entretanto, perder a nossa unidade.
UM CIRCULO MUITO FECHADO...
Vinte anos é a maioridade japonesa. Nesses vinte anos o grupo atingiu a maturidade?
H: Não apenas nos tornamos adultos e um grupo maduro, mas, além disso, entramos no circulo muito fechado de bandas que duram. É a partir de agora que tudo se junta: é depois de vinte anos de carreira que nós temos enfim tantos fãs internacionais.
Depois de vinte anos dividindo sua vida artística com as mesmas pessoas, vocês não estão cansados?
H: Eu não posso negar que houve “fases” na banda, de mais ou menos entendimento. E devo dizer que neste momento atravessamos um período excelente: nós atingimos nossa melhor alquimia. Eu estou particularmente feliz que a nossa carreira internacional se desenvolva agora que estamos no auge de nossa arte. Sinceramente, eu acredito que o melhor nos espera e que o mais difícil ou o que antes nos retinha está para trás. O entendimento entre nós é perfeito!
Vinte anos de carreira, isso dá uma sensação de que está ficando velho?
H: Eu penso nisso constantemente (risos), eu estou velho! Mas me consolo ao dizer que é graças a todos esses anos que existimos hoje como banda, e que nos entendemos tão bem.
MANTER O SORRISO
Qual é seu segredo de longevidade como uma banda?
H: O segredo? Fazer de tudo sem se preocupar demais. Se nos preocupamos demais, o menor dos problemas pode criar conflitos, opiniões divergentes e haverá disputas...É necessário ser tolerante, não se preocupar muito, estar de bom humor e ultrapassar os pequenos problemas...Não se deixar abater por pequenos obstáculos e manter o sorriso!
Como você explica o sucesso internacional do grupo?
H: Na verdade eu não sei...Talvez o fato de que existamos há muito tempo? Na verdade é uma pergunta que eu gostaria de fazer a vocês (risos)!
De onde vem essa relação tão particular que vocês tem há anos com a França, como por exemplo, o nome da banda e certos títulos de música?
H: Apesar dessa fascinação que sempre tivemos pelo seu país, é importante saber que viemos pela primeira vez há apenas quatro anos. Foi estranho, porque chegamos com a impressão...de estar voltando pra casa (risos)! Nós poderíamos ter vindo antes, bastava apenas querer... Mas guardamos a França para uma ocasião especial. E no caso dessa tourne, era obviamente uma etapa obrigatória. Estou em trabalho de promoção e tenho a impressão de estar me divertindo ao preparar o terreno...Estou realmente ansioso (risos)!
Vinte anos é a maioridade japonesa. Nesses vinte anos o grupo atingiu a maturidade?
H: Não apenas nos tornamos adultos e um grupo maduro, mas, além disso, entramos no circulo muito fechado de bandas que duram. É a partir de agora que tudo se junta: é depois de vinte anos de carreira que nós temos enfim tantos fãs internacionais.
Depois de vinte anos dividindo sua vida artística com as mesmas pessoas, vocês não estão cansados?
H: Eu não posso negar que houve “fases” na banda, de mais ou menos entendimento. E devo dizer que neste momento atravessamos um período excelente: nós atingimos nossa melhor alquimia. Eu estou particularmente feliz que a nossa carreira internacional se desenvolva agora que estamos no auge de nossa arte. Sinceramente, eu acredito que o melhor nos espera e que o mais difícil ou o que antes nos retinha está para trás. O entendimento entre nós é perfeito!
Vinte anos de carreira, isso dá uma sensação de que está ficando velho?
H: Eu penso nisso constantemente (risos), eu estou velho! Mas me consolo ao dizer que é graças a todos esses anos que existimos hoje como banda, e que nos entendemos tão bem.
MANTER O SORRISO
Qual é seu segredo de longevidade como uma banda?
H: O segredo? Fazer de tudo sem se preocupar demais. Se nos preocupamos demais, o menor dos problemas pode criar conflitos, opiniões divergentes e haverá disputas...É necessário ser tolerante, não se preocupar muito, estar de bom humor e ultrapassar os pequenos problemas...Não se deixar abater por pequenos obstáculos e manter o sorriso!
Como você explica o sucesso internacional do grupo?
H: Na verdade eu não sei...Talvez o fato de que existamos há muito tempo? Na verdade é uma pergunta que eu gostaria de fazer a vocês (risos)!
De onde vem essa relação tão particular que vocês tem há anos com a França, como por exemplo, o nome da banda e certos títulos de música?
H: Apesar dessa fascinação que sempre tivemos pelo seu país, é importante saber que viemos pela primeira vez há apenas quatro anos. Foi estranho, porque chegamos com a impressão...de estar voltando pra casa (risos)! Nós poderíamos ter vindo antes, bastava apenas querer... Mas guardamos a França para uma ocasião especial. E no caso dessa tourne, era obviamente uma etapa obrigatória. Estou em trabalho de promoção e tenho a impressão de estar me divertindo ao preparar o terreno...Estou realmente ansioso (risos)!
UMA EXPERIÊNCIA INACREDITÁVEL
O que você espera do público francês?
H: Na última vez em que viemos, os fãs estavam fervilhantes, foi uma experiência inacreditável. Todos os membros da banda estavam contentes, é uma verdadeira felicidade se apresentar novamente na mesma sala. E dessa vez, dentro dessa tournê, vamos trabalhar em dobro para o cenário e o espetáculo. Eu espero que as reações sejam positivas.
A única outra banda a se apresentar no Zénith de Paris para sua primeira vez na França foi o X JAPAN. O que você pensa sobre isso?
H: Que ainda assim nós fomos os primeiros (risos)! X JAPAN são mestres para o cenário do rock japonês, me sinto orgulhoso de poder tocar na mesma sala que um grupo tão grande.
O que você espera do público francês?
H: Na última vez em que viemos, os fãs estavam fervilhantes, foi uma experiência inacreditável. Todos os membros da banda estavam contentes, é uma verdadeira felicidade se apresentar novamente na mesma sala. E dessa vez, dentro dessa tournê, vamos trabalhar em dobro para o cenário e o espetáculo. Eu espero que as reações sejam positivas.
A única outra banda a se apresentar no Zénith de Paris para sua primeira vez na França foi o X JAPAN. O que você pensa sobre isso?
H: Que ainda assim nós fomos os primeiros (risos)! X JAPAN são mestres para o cenário do rock japonês, me sinto orgulhoso de poder tocar na mesma sala que um grupo tão grande.
SUA AUTOBIOGRAFIA
Você acaba de publicar uma autobiografia. De onde veio a necessidade de contar sobre você?
H: Até agora, eu me impunha barreiras e me escondia atrás delas. Com o meu livro, eu quis me desprender de todos os meus segredos e apertar o botão “reiniciar”. Recomeçar minha vida do zero, sem me impor limites.
Você é cantor e já trabalhou como modelo e ator. Qual outra experiência falta na sua vida?
H: Eu adoro fabricar objetos, fazer cerâmica...E eu tenho uma paixão pela cozinha de sobas (um tipo de talharim japonês) (risos). Eu poderia me converter ao campo dos talharins japoneses!
O que você pensa sobre o cenário japonês. Há bandas ou artistas em particular que você admira?
H: Pra dizer a verdade, eu gosto da música japonesa quando ela não soa como música japonesa...Eu admiro particularmente meu parceiro no VAMPS e sua banda OBLIVION DUST. E pra ser sincero, eu não escuto muita música além da nossa.
FRANÇA COM CERTEZA
Você se dá conta que tem no mundo um status de ícone do rock japonês?
H: Há algum tempo atrás, eu não ousava me destacar com relação ao resto do grupo. Depois, me dei conta que nos faltava uma certa energia, e decidi parar de me conter e me tornar um líder. Talvez essa seja a razão pela qual eu ganhei esse status de ícone...De agora em diante farei o meu melhor para me tornar um líder carismático.
Qual é a sua melhor lembrança do palco?
H: Eu diria que foi em 1999, um concerto para 5000 pessoas a céu aberto no Japão...Este grande mar humano realmente me impressionou. Entretanto, em termos de energia liberada pelos fãs, eu diria a França com certeza!
___________________________________________________
Notas:
* O HYDE esteve na França unicamente pra promover o lançamento europeu do BUTTERFLY e o show em Paris, até o momento não há qualquer notícia sobre uma edição não-japonesa de THE HYDE.
** 11 de Março de 2011 foi o dia que ocorreu o terremoto seguido de tsunami no Japão.
Você se dá conta que tem no mundo um status de ícone do rock japonês?
H: Há algum tempo atrás, eu não ousava me destacar com relação ao resto do grupo. Depois, me dei conta que nos faltava uma certa energia, e decidi parar de me conter e me tornar um líder. Talvez essa seja a razão pela qual eu ganhei esse status de ícone...De agora em diante farei o meu melhor para me tornar um líder carismático.
Qual é a sua melhor lembrança do palco?
H: Eu diria que foi em 1999, um concerto para 5000 pessoas a céu aberto no Japão...Este grande mar humano realmente me impressionou. Entretanto, em termos de energia liberada pelos fãs, eu diria a França com certeza!
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Notas:
* O HYDE esteve na França unicamente pra promover o lançamento europeu do BUTTERFLY e o show em Paris, até o momento não há qualquer notícia sobre uma edição não-japonesa de THE HYDE.
** 11 de Março de 2011 foi o dia que ocorreu o terremoto seguido de tsunami no Japão.
Que perfeito *-* Adorei a entrevista. Obrigada por traduzirem. Beijos
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